Os óleos essenciais na gravidez | De Mãe para Mãe

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Os óleos essenciais na gravidez

Maria RibeiroJoana Freitas, Aromaterapeuta

É muito importante falar do uso dos óleos essenciais na gravidez, pois se por um lado os seus benefícios estão largamente demonstrados, por outro, a gravidez é uma condição demasiado específica e que requer cuidados redobrados.

 

Muito se tem vindo a falar sobre este tema e são cada vez mais as circunstâncias em que os óleos essenciais são recomendados. Assim, é de facto importante perceber o que são os óleos essenciais, como atuam e como devem ser utilizados, para que possamos, então, falar sobre o seu uso na gravidez.

O que são óleos essenciais?

Os óleos essenciais são moléculas de carbono vivas, imunoestimulantes, que atuam ao nível dos sintomas e causas de determinado problema, e que também interferem de forma energética e vibracional com o estado físico e mental de quem os utiliza. Sendo moléculas de carbono que se ligam às moléculas de oxigénio, uma das técnicas mais conhecidas e utilizadas é a sua inalação. Esta é também a técnica mais importante da aromoterapia e os seus resultados podem ser surpreendentes.

Existem outras técnicas na aromaterapia, como a ingestão, os banhos, a aplicação cutânea e até mesmo a inserção vaginal ou anal, daí ser tão importante que estejamos sempre orientados por um profissional qualificado, pois tal como um químico ou um fármaco, o seu uso depende de um bom diagnóstico. Os óleos essenciais devem ser utilizados sempre com base nos pressupostos de respeito, cuidado e conhecimento! Devemos ainda ter presente que um óleo essencial é um estímulo – ativa o cérebro através do sistema límbico, a unidade responsável pelas nossas emoções e pelos comportamentos sociais.

O uso de óleos essenciais na gravidez

Numa época de tantas transformações corporais e emocionais, os óleos essenciais podem ser uma excelente ajuda para que esta viagem seja mais tranquila para a mãe. No entanto, nesta fase, é também muito importante que se aconselhe junto de um bom profissional, pois existem óleos que não são aconselhados nesta fase da vida da mulher, pois podem ter consequências adversas. Inclusive, o mesmo óleo pode ser aconselhado numa fase da gravidez e desaconselhado noutra. Procure sempre ajuda e apoio e, a não ser que tenha um vasto conhecimento nesta área, não compre ou utilize um óleo essencial sem primeiro falar com um profissional.

Embora cada caso deva ser sempre avaliado de forma individual, há óleos que são contraindicados durante toda a gravidez: mentas, canela, cravinho, tomilho, salvia, sclarea e cânfora. Portanto, se está grávida e tem em casa alguns destes óleos, eles devem ficar guardados durante os próximos meses.

Mesmo que estes não possam ser utilizados, existe ainda um sem número de óleos disponíveis e recomendados para ajudar com diferentes situações. Ao consultar um aromaterapeuta, vai descobrir como é que os óleos essenciais podem ajudar, por exemplo, nas seguintes situações:

  • Alívio de azia e enjoos no 1º trimestre;
  • Melhoria na qualidade do sono;
  • Prevenção de estrias;
  • Prevenção e alívio de pernas cansadas;
  • Prevenção de infeções urinárias;
  • Alívio da sensação de fadiga;
  • Melhoria geral de humor;
  • Prevenção de alergias;
  • Auxílio no trabalho de parto;
  • Hemorroidas;
  • Varizes;
  • Retenção de líquidos.

Em todas estas áreas a aromaterapia pode e será certamente uma excelente aliada, não substituindo, naturalmente, a vigilância pré-natal que qualquer grávida deve ter.

Para que usufrua da totalidade dos benefícios dos óleos essenciais, prefira sempre os que são de origem biológica e com informações claras sobre a sua origem. E não se esqueça: contar com o apoio de um aromaterapeuta é imprescindível!


Artigo originalmente publicado na primeira edição da Revista De Mãe para Mãe, em outubro de 2019